Por Bruno Ferraz Bartel

Avila de Sidi Ali, localizada a 26 quilômetros da antiga capital imperial de Meknes, oferece elementos que fazem refletir sobre a diversidade do islã marroquino. Percorrer seus espaços e evidenciar suas práticas e simbolismos existentes contribui na expansão da experiência antropológica de construir uma alteridade possível. Diante do desafio de compreender o outro, a partir da complexidade de suas próprias categorias, negocia-se a presença de um olhar para quem observa os fenômenos sociais que lhe interessam. 

Nesta exposição, o autor procura aproximar-se do cotidiano da vila a partir de 3 temas específicos que podem ser exemplificados ao longo de um dia de pesquisa: a figura do santo fundador, o mercado e seus símbolos e os rituais de transe. Todos convergem numa multiplicidade de práticas sociais que almejam captar alguns instantes de uma experiência etnográfica cuja duração de 10 meses (2012) na região foram o seu foco principal.